Com as crianças em casa neste período de isolamento, as dúvidas sobre o vírus aparecem aos montes. Mas, como falar com os pequenos sobre a pandemia?
De forma objetiva, uma quarentena é a reclusão das pessoas pelo período máximo de tempo da incubação de uma doença, geralmente, contado a partir da data de último contato com um portador ou local infectado. Porém, para evitar a propagação da covid-19, em vários países do mundo, o isolamento social foi adotado.
Se você quer saber como falar com as crianças sobre a pandemia do novo coronavírus e conferir algumas dicas para lidar com os pequenos em casa durante este período, continue a leitura com a gente!
O novo coronavírus é um recente tipo de vírus, da mesma família dos coronavírus responsáveis pela SARS-CoV e pela MERS-CoV - que foi controlada após acometer parte da população no Oriente Médio.
Os sintomas da covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, podem partir de reações mais brandas - como coriza, tosse, dor de garganta e febre - e evoluir para casos graves, apresentando sintomas como dificuldade respiratória e pneumonias.
As síndromes respiratórias graves podem levar o indivíduo ao óbito, em especial quando acometem idosos ou pessoas baixa imunidade, com doenças cardiopulmonares, diabetes, entre outras doenças crônicas.
Inúmeros estudos estão sendo realizados em todo o mundo, mas até então, sabemos que a principal forma de contágio do novo coronavírus acontece por meio do contato com superfícies e objetos contaminados ou por meio do contato com uma pessoa infectada - mesmo que o portador da doença seja assintomático.
Sendo assim, para impedir a propagação da doença, diversos países, incluindo o Brasil, adotaram medidas de isolamento social. Além disso, algumas práticas de higiene estão sendo recomendadas, como:
Conforme explicamos, na tentativa de conter a pandemia do novo coronavírus, medidas de isolamento social foram recomendadas e estão sendo aplicadas em diversas partes do mundo. Mas quais são os possíveis efeitos comportamentais da quarentena? Se você quer saber mais sobre como minimizar os efeitos do isolamento social, acompanhe!
No contexto do isolamento social devido a quarentena, sofremos de um tipo de estresse negativo, causado pelo excesso de demandas sobre o corpo e o cérebro. Esse tipo de estresse é oxidativo das células e causa problemas inflamatórios ao organismo de forma geral. As fontes causadoras de estresse durante o isolamento social são muitas e podemos citar algumas, como: incertezas, medos e preocupações.
Mesmo tendo a certeza de que esta fase irá passar, a incerteza de não sabermos o que exatamente acontecerá daqui alguns dias ou simplesmente as preocupações acerca da própria gestão de rotinas - que mudou completamente e precisa ser adaptada -, influenciam e muito no comportamento de todos nós.
Conviver com os filhos nos momentos em que, normalmente, estariam na escola pode ser mais um desafio - já que não estamos acostumados, em nosso dia a dia, a lidar com este cenário. Principalmente tendo que encarar mudanças agressivas sobre a rotina profissional, seja se adaptando ao home office ou, em alguns casos, lidando com o desemprego e a preocupação com a possível alteração de renda.
Além disso, ainda existe o medo acerca a manutenção da própria saúde e das pessoas que amamos. Ou seja, o medo e a preocupação fazem parte do isolamento social e do contexto da pandemia que vivemos em 2020.
Colocar a cabeça no travesseiro e dormir plenamente durante a noite pode ser difícil para a maioria das pessoas durante o período de crise em que vivemos. Para tentar diminuir a ansiedade e acabar com a insônia, algumas práticas podem ajudar, como:
Sabe aquele hobby que, devido a correria do dia a dia, acabou sendo deixado de lado? Então, esta pode ser uma boa hora para retirá-lo da gaveta. Qualquer tipo de atividade que considere prazerosa será bem vinda! Pode ser, ler, tocar um instrumento musical, cozinhar, meditar, escrever, dançar, decorar ambientes, cultivar plantas, entre outros.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é importante controlar tanto a quantidade, como a qualidade das informações que consumimos.
Ficar o tempo todo sendo bombardeado por notícias sobre a pandemia, além de não ajudar em nada, só agrava os casos de ansiedade. Ficar desinformado também não é uma opção, então a melhor saída é reservar um horário específico do seu dia para se atualizar por meio de fontes confiáveis.
É importante ressaltar que todo cuidado é pouco em relação às fake news. Mais um motivo para buscar ou checar informações em fontes oficiais, como o Ministério da Saúde e a própria OMS.
Sabemos que adaptar e seguir uma rotina em tempos de quarentena nem sempre é fácil. Mas é preciso buscarmos ter o mínimo de consistência no dia a dia. É importante tentar manter horários para amenizar os efeitos do isolamento. Busque seguir sempre os mesmos horários para acordar e dormir, realizar as refeições, estudar, se exercitar, entre outras atividades.
Caso não esteja trabalhando externamente, como as pessoas que colaboram para manter os serviços essenciais à sociedade, ou mesmo não esteja trabalhando em home office, apesar das diversas atividades existentes dentro de casa, tente escolher pelo menos um projeto em que o resultado lhe satisfaça e dê seguimento. Não precisa ser nada grandioso, pode ser arrumar uma gaveta, aprender uma receita nova ou mesmo organizar os livros.
É um exercício intenso ser positivo e evitar pensamentos negativos num momento de crise mundial. Mas tentar pensar no que podemos aprender com este período, pode nos ajudar nessa missão. Afinal, cuidar da saúde mental é mais importante do que nunca.
Além disso, tente seguir, junto com a sua família, uma dieta saudável e a prática de atividades físicas - sem sair de casa. Além de manter a saúde em dia e ajudar a melhorar a imunidade, tais atitudes são capazes de trazer inúmeros benefícios, como a liberação de endorfina que nos causa a sensação de bem-estar.
Em meio à pandemia do novo coronavírus, precisamos saber lidar com as dúvidas que as crianças têm sobre a doença e o período de isolamento social. Por isso, a Organização Mundial de Saúde e a Agência de Saúde Americana, divulgaram algumas orientações sobre a forma como os pais podem tratar sobre o assunto com os filhos.
Até então, as crianças têm apresentado uma taxa de infecção menor do que a dos adultos. Mas, mesmo assim, organizações mundialmente reconhecidas defendem que os cuidados devem ser os mesmos prestados aos grupos de risco, como pessoas com doenças crônicas ou mais de 60 anos.
Durante esta difícil fase, a maioria das crianças podem apresentar alterações comportamentais, algumas ficam mais carentes e outras mais ansiosas. Sinais como agitação, retração ou raiva podem surgir. Em tempos de quarentena e alteração da rotina, que envolve a suspensão das aulas, é preciso conversar sobre o assunto com os filhos.
Estimule formas das crianças expressarem os sentimentos que podem ter surgido devido à pandemia. Para tornar o processo mais natural, você pode recorrer a desenhos ou brincadeiras. O importante é que a criança se sinta num ambiente seguro.
Caso não seja possível manter a criança perto de seus pais, familiares muito próximos ou cuidadores, busque alternativas para manter o contato regular entre eles, como fazer ligações telefônicas duas vezes ao dia ou realizar vídeo chamadas.
Assim como recomendado para os adultos, os pequenos também precisam manter a rotina dentro do possível. É importante não se esquecer que as crianças observam as emoções e o comportamento dos adultos na tentativa de obter uma referência para lidarem com as próprias emoções.
Sabemos que em tempos de crise, as crianças demandam muito mais dos pais. Mas converse sobre o vírus com seus filhos e utilize a linguagem apropriada conforme a idade da criança. Conversar sobre o que os preocupam certamente ajudará a diminuir a ansiedade.
Se você ainda tem dúvidas sobre como conversar com as crianças e sobre o que
elas precisam saber, ouça o podcast que abrange este tema - apresentado pela Renata Lo Prete.
Devido a suspensão das aulas escolares em inúmeros países do mundo, incluindo o Brasil, é importante encontrarmos maneira para incentivar o desenvolvimento dos pequenos e ajudá-los a passar por esta fase da melhor forma possível. Por isso, sugerimos à você algumas dicas de brincadeiras que, além disso, irão ajudar a estreitar os laços familiares.
O mais comum em momentos como este é recorrermos aos smartphones, tablets ou até mesmo a televisão para tentar acabar com o tédio das crianças - ainda mais se você precisa dar conta delas e do trabalho em home office. Entretanto, mesmo para momentos de diversão, é interessante que reserve um tempo para participar de brincadeiras diretamente com as crianças. Se está precisando de ideias, confira algumas sugestões que trouxemos à você:
Junto com seu filho, selecione algumas fotos e monte uma árvore genealógica. Após desenharem a árvore, colorirem e colarem as imagens, você pode pendurar a obra de arte na parede da sua casa. O mais legal dessa brincadeira é que ela acaba gerando uma marcante recordação sobre algumas das pessoas mais especiais para vocês.
Atualmente, temos câmeras disponíveis em qualquer tipo de smartphone, não é mesmo?
A ideia aqui é aproveitar este recurso para brincar de ensaio fotográfico. As crianças podem montar os cenários, escolher figurinos e acessórios, inventar poses divertidas. Eles podem fingir que são personagens de desenhos animados, atores de filmes, cantores, profissionais de diversas áreas e o que mais a imaginação permitir.
Para criar este jogo, peça a criança que selecione os brinquedos que mais gosta. Após isso, fotografe um por um e imprima fotos duplicadas, mantendo o mesmo tamanho entre elas. Após recortar os cards, basta misturá-los e você terá nas mãos um jogo da memória personalizado.
Nada melhor do que histórias para estimular a imaginação das crianças! Favorecer o ambiente para que possam explorar o mundo em brincadeiras lúdicas é muito importante. Para criar um teatro de fantoches, você pode utilizar os recursos que tiver, desde bonecos confeccionados até as meias e as caixas de papelão que trouxe do mercado - não se esqueça de desinfetar todos os objetos que entram em sua casa. Nesta brincadeira, você começa contando a história para que, em seguida, os papéis se invertam e a criança possa inventar os seus próprios enredos.
Agora que já sabe como conversar e lidar com as crianças durante o período de pandemia do novo coronavírus, compartilhe este artigo com outros pais ou pessoas que possam ter as mesmas dúvidas que você!