Juliana Naves Fenelon (tutora dos anos iniciais do Fundamental I) | 28 de outubro de 2021
“Ensinar não é transferir conhecimento,
mas criar as possibilidades para a sua
própria produção ou a sua construção.”
Paulo Freire
O mundo contemporâneo exige uma escola em transformação contínua. Para nós, educadores, nasce o desejo e o compromisso de formar cidadãos e cidadãs com competências que vão além do desenvolvimento de conteúdos conceituais, incluindo também os conteúdos procedimentais e atitudinais. A estruturação de um currículo que possibilite o desenvolvimento de tais conteúdos exige da escola a construção de um projeto curricular dinâmico, que busque romper com a lógica disciplinar.
Uma prática traçada a partir da perspectiva construtivista tem como objetivo a proposição de uma educação integral, que favoreça situações de aprendizagem significativas e profundas, contribuindo para o desenvolvimento de competências para a vida. De acordo com Zabala:
O uso do termo competência é uma consequência da necessidade de superar um ensino que, na maioria dos casos, reduziu-se a uma aprendizagem cujo o método consiste em memorização, isto é, decorar conhecimentos, fato que acarreta na dificuldade para que os conhecimentos possam ser aplicados na vida real. (ARNAU e ZABALA. 2010, pág, 17)
Em nossa proposta curricular, optamos pelos métodos globalizados e/ou com enfoque globalizador. Dentre esses, estão os projetos, pois acreditamos que são potentes para a construção de um pensamento crítico.
Nessa perspectiva, o desenvolvimeno de uma prática construtivista, que incentiva a curiosidade e a investigação para a produção de novos conhecimentos, está pautada em orientações pedagógicas bem delineadas. Desde a Educação Infantil até o Ensino Médio, realizamos projetos que já haviam sido previamente definidos pela equipe de professores do ano e do ciclo, assim como projetos "abertos'', que são eleitos anualmente. Ambos são muito importantes! O primeiro traz o valor de uma experiência que já foi validada e a marca de um saber fazer acumulado, deixando espaço para análise do que é preciso ser modificado e melhorado. Já o segundo marca a autoria de cada grupo, permitindo questionamentos do inusitado, do não previsto.
O Grupo Balão Vermelho defende o desenvolvimento integral do sujeito e a busca por uma aprendizagem ativa, que favoreça a construção do conhecimento em sala de aula, colocando os alunos como protagonistas de suas aprendizagens e dando a oportunidade de participação num mundo complexo. Essa escolha justifica nosso slogan: um mundo em transformação, uma escola em movimento!
ZABALA, Antoni; ARNAU, Laia. Como aprender e ensinar competências. Porto Alegre: Artmed,2010.
Quer saber mais sobre o assunto? Leia o tema em nosso ebook: Metodologia Construtivista: a preparação do aluno através do conhecimento